Estados Unidos retiram diplomatas não essenciais de território israelita
- 19/06/2025
Um avião do governo norte-americano retirou hoje vários diplomatas e familiares que tinham pedido para abandonar Israel, confirmaram à AP dois responsáveis governamentais, que pediram anonimato.
Pouco antes, o embaixador norte-americano em Israel, Mike Huckabee, anunciou no X que a embaixada estava a planear voos e navios de evacuação.
O Departamento de Estado adiantou em comunicado que "dada a situação atual e como parte do estatuto de partida autorizada da embaixada, o pessoal da missão começou a deixar Israel por diversos meios".
"Partida autorizada" significa que os funcionários não essenciais e as famílias de todos os funcionários têm direito a sair a expensas do governo.
Não houve indicação de quantos diplomatas e familiares partiram de Israel.
A embaixada norte-americana está oficialmente localizada em Jerusalém desde 2018, por decisão de Trump no seu primeiro mandato.
Parte da embaixada mantém-se em Telavive, onde estão quase todas as representações diplomáticas no estado judaico.
Nas últimas horas, os Estados Unidos estão a ponderar um conjunto de ações que poderão representar a entrada no conflito entre Israel e o Irão.
O secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, revelou hoje que o Pentágono (Departamento de Defesa) já sugeriu à Casa Branca (presidência) possíveis opções de intervenção no Irão, mas não confirmou a hipótese de um auxílio militar nos ataques israelitas.
Também hoje, o Presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a não dizer se decidiu ordenar um ataque dos Estados Unidos ao Irão - uma atitude que Teerão avisou que seria recebida com duras retaliações.
Israel justificou o ataque ao Irão, na passada sexta-feira, alegando ter informações de que Teerão se aproximava do "ponto de não retorno" para obter uma bomba atómica, que poderia usar para destruir o estado judaico.
O Irão, que nega ter construído armas nucleares, ripostou com o lançamento de mísseis e 'drones' contra várias cidades israelitas, cujas autoridades admitiram que os ataques causaram pelo menos 24 mortos.
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